Mundo no Fundo

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5.5.07

Amanhã pra morrer

Sou a contenda, o devir num pedaço de mar
Socorro vigiante e a crescer: pra zarpar
Sereia na corrente acorrentada num rio
Saturada como não previu

Ficará num encontro meu?

Sou água em revés
Que pára aqui no amor e dor
Prepara o sumo e o rumo impostor
Suponho abrilhantar o pouco que me resta rebentar, ou re-benzer

Lavro direito ao meu perdão
Porque nunca peço ajuda, anseio um mundo sem fim, um mundo sem mim…

Vai degelar e quem temer o que ficar, o que ficar a secar, o que ficar sem ficar
Fica a saber: nao sou um o-rtodoxo protesto preso num corpo teu
Vejo aquilo que nunca quis ver ficar deserto

Sobro ao dia do teu perdão
Mas tudo ficará bem melhor
Nada revela o meu durar
No dia em que fizeste o teu abrigo,
Nem a chama a tomar o amanhã pra morrer

Amanhã pra morrer…

Nada venceu
No imenso rumo a domar
Sempre frio, sempre frio
E sempre se viu
O que nunca quiseste mostrar
Talvez, sem querer, sem crer

Sobro ao dia do teu perdão
Tudo ficará bem melhor
Nada revela o meu durar
No dia em que o sol não iluminou,
E jubilou o escurecer
O destino vem sem fio
E vem perguntar o que sou…
Afinal, eu não sei ser…
(Letra)

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